Em Itanhém os professores não têm o direito de ficarem doentes porque com o salário que recebemos não dá para pagar o tratamento e nem plano de saúde, se o professor não tiver outros recursos ou ajuda de parentes para fazer o tratamento nas cidades vizinhas acaba ficando a mercê da sorte e nas mãos de Deus. Procurar os PSFs da cidade? Nem pensar! Para receber um não na cara, dizer que não tem mais vagas e volte no outro dia e, no dia seguinte é preciso chegar de madrugada porque a fila é tão grande que parece um hospital de capital. E quando temos sorte de sermos atendidos é necessário esperar até cinco meses para ser liberado pela secretaria de saúde um exame de coluna lombar, quem não tem o dinheiro para pagar o exame, infelizmente tem que esperar ou trabalhar doente e em dobro para tentar aumentar o orçamento para pagar do próprio bolso, isso é uma vergonha, e ainda falam que o nobre gestor está investindo na saúde e educação da cidade. Depoimento de uma professora que vivenciou essa situação.
EU TENHO UMA IDÉIA FIXA EM MINHA CABEÇA: TUDO QUE SE TENTAR EM PROL DE MELHORIAS NA EDUCAÇÃO SERÁ INFRUTÍFERO, ENQUANTO NÃO SE VALORIZAR FINANCEIRAMENTE OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO COMO UM TODO. O PROFESSOR PRECISA SER MESTRE EM SUA PROFISSÃO. E PRÁ SER MESTRE ELE PRECISA ASSINAR AS MELHORES REVISTAS, COMPRAR OS MELHORES LIVROS OU, NO MÍNIMO, POSSUIR UM COMPUTADOR CONECTADO À INTERNET. É NECESSÁRIO AINDA QUE OS RECURSOS DA EDUCAÇÃO SEJAM ADMINISTRADOS PELA EDUCAÇÃO, PRINCIPALMENTE POR QUEM SENTE NA PELE DIARIAMENTE O FARDO ENORME E PESADO DE SER EDUCADOR NO BRASIL. CONTINUEM NA LUTA E NUNCA DESFALEÇAM.
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